Duração de 2 horas
Lisboa - Sede Nacional
GPS 38.762697 , -9.161071
Orador: João Caramês
CV da palestrante
Fundador e Diretor do Instituto de Implantologia em Lisboa
Presidente eleito para o triénio 2015-2018 da Assembleia Geral da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD);
Professor Catedrático de Cirurgia Oral da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL);
Presidente do Conselho Cientifico da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL);
Regente das disciplinas de Cirurgia Oral e Maxilofacial e das Clínicas de Cirurgia e Medicina Oral da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL);
Regente das disciplinas de Oclusão e Disfunção Temporomandibular, Gnatofisiologia e Clinicas de Oclusão e Reabilitação Oral da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL);
Coordenador do curso pós-graduado de especialização em Cirurgia Oral, de três anos em tempo integral, da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL);
Coordenador do curso pós-graduado de especialização em Implantologia, de três anos em tempo integral, da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL);
Coordenador da linha de investigação em implantologia da Unidade de Investigação em Ciências Orais e Biomédicas (UICOB);
Diretor Internacional em Portugal do Departamento de Educação Contínua da New York University College of Dentistry, USA;
Recebeu o prémio Outstanding Alumni Award da New York University College of Dentistry – USA (2006);
Foi homenageado com o prémio ´Personalidade do ano na área da Implantologia´ (2016);
Autor de diversas publicações em revistas indexadas e de mais de duzentas conferências a nível Nacional e Internacional;
Membro de Comissões Científicas, editor e revisor de várias revistas de Medicina Dentária;
Membro de diversas Associações Científicas Internacionais: American Dental Association (ADA), American Academy of Oral Implantology (AAOI), American Osseointegration Academy (OA), International Congress of Oral Implantologists (ICOI), European Academy of Osseointegration, International College of Dentists (ICD);
Prática privada exclusiva nas áreas da Cirurgia Oral e Implantologia.
RESUMO
A reabilitação implanto-suportada constitui uma opção terapêutica previsível com elevada taxa de sucesso a médio-longo prazo. Aquando do planeamento cirúrgico-protético do caso clínico é necessária uma avaliação das condições sistémicas do paciente, aferição das suas expectativas e seleção do tipo de reabilitação a realizar. Nas situações de maior atrofia óssea maxilar ou mandibular torna-se igualmente crucial a definição do grau de defeito ósseo e técnica de enxerto ósseo para a sua reconstrução parcial ou total.
Nesta apresentação, serão abordados os procedimentos clínicos relacionados com técnicas de regeneração para defeitos ósseos horizontais, verticais e mistos. Serão apresentadas e ilustradas as técnicas mais comumente utilizadas, tais como regeneração óssea guiada (ROG), aumento ósseo com enxertos autólogos em bloco e distração osteogénica.
A heterogeneidade dos estudos clínicos nesta área conclui que o sucesso de cada uma destas técnicas depende da experiência do operador, sugere a sua aplicação em função da extensão do defeito ósseo existente e propõe diferentes graus de morbilidade associados. Embora nenhuma técnica seja apresentada como gold standard, reconhece-se hoje, a importância biológica de que o scaffold de regeneração contenha além de propriedades osteocondutoras, propriedades osteoindutivas e osteogénicas.
A associação de fatores biológicos ao biomaterial de enxerto, sem acréscimo de morbilidade para o paciente parece constituir uma vantagem para o sucesso da regeneração. Entre estes, destaca-se a regeneração óssea associadas a fatores autólogos como o L-PRF (Leucocyte-Platelet Rich Fibrin), sem necessidade de zonas dadoras de osso. A regeneração óssea guiada conjugando xenoenxerto e membranas de L-PRF tem sido alvo de estudos em defeitos periodontais, e em diferentes tipos de defeitos ósseos com o objectivo de recuperar a arquitetura óssea e tecidular perdidas.
Para cada caso clínico apresentado será feita a integração dos conceitos teóricos e práticos subjacentes à sua aplicação. Serão, ainda, apresentadas as indicações, vantagens e limitações de cada procedimento, de modo a contribuir para um plano de tratamento adequado a cada paciente e baseado na melhor evidência disponível.