Resumo:
Objetivo: O objetivo deste estudo in vitro é avaliar se o conteúdo elementar de Ca, P e Zn no esmalte do dente é alterado quando e feito branqueamento dentário com peróxido de carbamida a 10% .
Métodos: Foram utilizados seis dentes anteriores saudáveis, extraídos por motivos ortodônticos ou periodontais e preservados em solução de cloramina 0,5% (ww) não mais de 6 meses. Apenas foram utilizadas as superfícies vestibulares dos dentes, para isso foram feitos cortes para obter amostras de 8 x 2 mm. As amostras foram então tratadas com o produto de branqueamento (Opalescence PF 10, Ultradent, EUA) conformemente as instruções do fabricante e guardados em saliva artificial entre cada aplicação.
Foi determinado o conteúdo elementar de cada amostras, antes e após o tratamento por meio de micro energia dispersiva espectrometria de raios-x (μ-EDXRF)(n8-16). O equipamento consiste num tubo de raio x XTF5011 de OXFORD com um ânodo de Mo e um Detector de silicio (Vortex-60EX ®), com uma área ativa com espessura de 50mm2 e uma espessura de janela de 12.5μm. A radiação emitida pelo tubo de raios-x é focada por meio de uma lente policapilar, permitindo um ponto focal de 100 μm.
A análise quantitativa das amostras foi realizada utilizando software WinAXIL (Canberra, Bélgica). A análise estatística (teste T de amostras emparelhadas) foi realizada pelo SPSS v. 21 (IBM, EUA). Os resultados de Ca e P são expressos em (ww) e Zn em ppm (ww).
Resultados: As medições registradas após o branqueamento para Ca (32,8), P (19,9) e Zn (226 ppm) mostraram um decrescimo estatísticamente significativo (P0.05) do conteúdo mineral quando comparado com os valores registados antes do tratamento Ca(31.5), P (17,8) e Zn (200,2 ppm)
Conclusão: O procedimento de branqueamento realizado in vitro reduz o conteúdo mineral do esmalte. Mais estudos são necessários para avaliar a significância clínica do presente estudo.