Autores: Margarida Sampaio-Fernandes, Paula Vaz, Maria Helena Figueiral, Joao Sampaio-Fernandes
Instituição: Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto
Valor da bolsa: 200.00€
Apresentação durante o evento EuroPerio8 2015 em Londres, Reino Unido | 2015-06-03
Resumo:
Objetivo: Um estudo retrospetivo teve como objetivo determinar a prevalência de complicações clínicas associadas a sobredentaduras implanto-suportadas por barras, numa população portuguesa. A comparação entre sobredentaduras maxilares e mandibulares também foi um objetivo.
Material e métodos: Vinte e seis sobredentaduras implanto-suportadas, 17 maxilares e 9 mandibulares, com pelo menos 2 anos na função, foram avaliadas. Cada prótese foi inicialmente planeada para ser suportada por 3 ou 4 implantes unidos com um sistema de barra. Os implantes dentários e as próteses removíveis foram avaliados no exame clínico e os dados relacionados com complicações implantares e manutenção protética foram recolhidos do arquivo do paciente.
Resultados: Um total de 113 implantes foram colocados mas, devido à perda implantar (9.8% maxila, 2.7% mandíbula), apenas 98 implantes (65 maxilares, 33 mandibulares) foram examinados. A hiperplasia (26.9%) e a substituição de clips (76.9%) foram as complicações dos tecidos moles e protéticas mais frequentes, sem diferenças significativas entre as sobredentaduras maxilares e mandibulares. A substituição e o rebasamento da prótese ocorreram em 30.8% e 53.8% dos casos, respetivamente, e estes requisitos de manutenção aumentaram com o período de tempo em função.
Conclusão: Apesar da elevada taxa de complicações deste tipo de reabilitação oral, a taxa de sobrevivência da prótese removível e do sistema de retenção foi muito alta. Assim, uma sobredentadura implanto-suportada por barra parece ser uma opção de tratamento previsível em pacientes desdentados, mas um programa de manutenção com consultas de controlo frequentes é essencial para evitar qualquer complicação mais complexa.